20 curiosidades sobre os samurais



Os samurais e o seu código de lealdade sempre exerceram um fascínio muito grande, principalmente no mundo ocidental. Porém, algumas peculiaridades históricas dessas figuras lendárias ainda são desconhecidas e obscuras. Veja agora alguns fatos curiosos que cercaram a vida e a rotina desses guerreiros japoneses tão famosos.
Confira agora 20 curiosidades sobre os samurais:


Mulheres podiam ser “samurais” (onna-bugeishas)
Nas famílias de samurais, era tradição que as mulheres recebessem treinamento em artes marciais e estratégias de guerra, para que pudessem defender suas famílias quando o não estivesse presente. Conhecidas como onna-bugeishas, elas participavam de batalhas ao lado dos homens e lutavam usando as naginatas (lanças com uma lâmina curvada na ponta). O arco e flechas também era uma arma bastante utilizadas pelas “mulheres-guerreiras”. Apesar das habilidades bélicas, elas se vestiam com quimonos luxuosos de seda fina e estavam sempre maquiadas, com os cabelos impecáveis, demonstrando cuidado especial na preservação de sua feminilidade. Os textos históricos contêm poucas referências à essas guerreiras, mas é possível que elas tenham sido mais numerosas do que se imagina. Análises feitas no local onde ocorreu a batalha de Senbon Matsubaru, no ano de 1580, mostraram que dos 105 corpos encontrados, 35 eram de mulheres. Tomoe Gozen foi uma das guerreiras mais famosas cuja história ficou registrada. Ela era esposa de Minamoto Yoshinaka, do clã Minamoto. Nascida em 1157 numa família samurai, ela foi treinada para manusear a naginata e proteger a família. Lutou nas Guerras Genpei (1180 – 1185), uma disputa que durou 5 anos entre os clãs Taira e Minamoto pelo controle do Japão. 


As armaduras não limitavam os movimentos
 As armaduras dos samurais, cujo peso poderia variar de 5 a 40 kg, eram confeccionadas com placas de couro, madeira ou metal e cobriam todo o corpo do guerreiro. Elas sofreram mudanças de acordo com o período histórico, o clã e a classe do samurai. Porém, ao contrário do que parece, elas eram pensadas para também preservar a liberdade de movimentos, tão essencial para as lutas e o manuseio das armas. O capacete, chamado de Kabuto, era desenhado para proteger o pescoço das flechas e dos ataques de espada, vindos de vários ângulos. Eles eram também um símbolo do poder e do status do samurai. Há quem defenda a tese de que o kabuto dos samurais inspirou a máscara utilizada por Darth Vader em Star Wars. Já a aparência demoníaca das máscaras servia a um duplo propósito: proteger o rosto do guerreiro e assustar os inimigos.


Existiu, pelo menos, um samurai negro
No final do século 16, Oda Nobunaga, o mais poderoso senhor da guerra do Japão, tinha um escravo africano que não era apenas uma curiosidade cultural, mas também seu guarda-costas e que alcançou bastante prestígio entre os japoneses daquele tempo. Ele ficou conhecido como Yasuke, mas ninguém sabe ao certo seu nome verdadeiro. Consta em um dos relatos que Yasuke teria cerca de um 1.90 de altura e, se assim foi, a sua estatura teria sido muito impressionante para os japoneses da época. Nobunaga não acreditou que a aquela pele negra fosse real e suspeitava que os jesuítas, com os quais o africano chegou ao Japão, estivessem tentando pregar-lhe uma peça. Mandou que seus vassalos lavassem Yasuke e, só depois de ver que nada se alterava na pele do africano, Nobunaga se convenceu de que ali não havia nenhuma enganação. Encantado com a descoberta, conseguiu dos jesuítas que Yasuke se colocasse ao seu serviço. Os rumores eram de que o escravo ia ser feito um Daimyo (senhor feudal japonês). Concretamente, porém, os registros dos jesuítas revelam que Nobunaga deu a Yasuke uma casa e uma espada katana, arma que somente os samurais manuseavam. Nobunaga também lhe atribuiu o distinção de carregar a sua lança pessoal e vestir uma armadura, privilégio que era reservado apenas para os nascidos em famílias de samurais. 


E alguns estrangeiros
Os registros históricos indicam que, pelo menos, quatro ocidentais tiveram a honra de se tornar samurais: o aventureiro inglês William Adams e seu companheiro holandês Jan Joosten van Lodensteijn; o oficial da marinha francesa Eugene Collache e o comerciante de armas Edward Schenell, proveniente da Prússia. O Filme O Último Samurai, protagonizado por Tom Cruise em 2003, baseou-se na história de dois homens que realmente existiram, mas que não chegaram a se tornar samurais. Eles eram Frederick Townsend Ward e Jules Brunet. 


Eles eram muito numerosos
 Nos tempos de ouro dos samurais, eles chegaram a representar cerca de 10% da população do Japão. Em virtude de serem tão numerosos, existe uma teoria de que cada cidadão japonês tenha, pelo menos, um pouco de “sangue samurai”. Esse fato tornou-se um problema quando a classe dos samurais foi erradicada, por volta de 1870. Sem emprego, alguns foram obrigados pela necessidade a se tornar comerciantes, uma classe que sempre foi considerada inferior por eles mesmos.


As roupas eram elegantes, mas práticas
 As roupas dos samurais deveriam refletir o respeito que lhes era devido pelas outras classes sociais. Porém, aliado a isso, elas deveriam também facilitar combates repentinos. As calças, chamadas de hakamas, eram largas e permitiam uma mobilidade ilimitada. O comprimento impedia que o inimigo pudesse ver a posição das pernas do guerreiro, o que garantia o “elemento surpresa” nas lutas. Há dois tipos de hakama: o umanori e oandon. O umanori, feito para ser usado ao cavalgar, parece uma calça comum, mas com as pernas bem separadas. O andon não tem as pernas separadas e era usado durante os tempos de paz. Uma outra curiosidade sobre o hakama é que ele apresenta sete dobras: cinco na frente e duas atrás. As dobras representam as sete virtudes do Bushido (bushi=guerreiro e do=caminho): Retidão (gi), coragem (yu), benevolência (jin), respeito (rei), honestidade (shin), honra (meiyo) e lealdade (chugi). O kimono, normalmente usado por baixo da hakama, era feito de seda, tecido nobre, leve e maleável. Nos pés, eles usavam as sandálias waraji, que eram feitas de palhas de arroz trançadas. Também usavam as tabi que eram meias com separação nos dedos, para facilitar o uso das waraji. As meias de dedos separados são amplamente usadas no Japão dos dias atuais. As hakama também são utilizadas com frequência nas apresentações de artes marciais modernas.


Não carregavam só a espada, mas diversos tipos de armas
Os samurais não usavam apenas a katana, espada tradicional e mais comumente associada à imagem do guerreiro. A gama de armas que eles carregavam variava de punhais a lanças e as mais conhecidas são: Waikisashi, uma espada curta que variava de 30 a 60 cm de lâmina que, quando usada em conjunto com a katana chamava-seDaisho e identificava que seu portador era um samurai; Tanto era um punhal que completava o conjunto de armas utilizadas pelo samurai. Era empregado em tarefas mais simples ou para o ritual do sepakku (suicídio). 


Eram muito cultos, estudavam diversas artes
O código Bushido previa que os samurais deviam estudar diversos assuntos que não tinham relação direta com as batalhas. Eles precisavam estar preparados para qualquer eventualidade ou adversidade e o conhecimento adquirido permitia que se destacassem na sociedade. Eram iniciados em artes como literatura, poesia, pintura , música, jardinagem e arranjos florais. Além disso, tinham profundo conhecimento de matemática, história e prática impecável da caligrafia. 


Eram de baixa estatura
Segundo os diversos registros históricos, os verdadeiros samurais que viveram no século 16 tinham, em média, entre 1,60m e 1,65m de altura. Em comparação com os cavaleiros europeus, que tinham estatura média de 1,80m a 1,96m isso representava uma grande diferença, mas garantia também muita agilidade nas lutas corporais. Também se acredita, baseado nos registros históricos, que muitos samurais descendiam do grupo étnico ainu. Essa etnia tinha a característica de possuir mais pelos no corpo e pele mais clara do que a maioria da população japonesa da época. 


O sepukku, ritual de suicídio, podia ser bastante longo
 Como forma de recuperar a honra perdida, o samurai poderia praticar o sepukku ou, como é vulgarmente conhecido no ocidente, harakiri. O ritual fazia parte de uma cerimônia bastante elaborada e, normalmente, executada na frente de espectadores. De maneira mais informal, o guerreiro poderia cortar a própria barriga com sua espada e, em seguida, ser decapitado por um companheiro ou amigo, para diminuir o sofrimento. Na versão mais clássica, o guerreiro se vestia de branco, comia uma última refeição especialmente preparada e escrevia um poema antes de se matar. O seppuku era um processo extremamente lento e doloroso de suicídio que servia para demonstrar a coragem, o auto-controle e a forte determinação do samurai, que escolhia morrer de forma gloriosa ao invés de cair nas mãos dos inimigos. Em razão disso, não era raro que o ritual demorasse longas horas como prova dessa coragem. Oficialmente, a prática do sepukku foi abolida em 1868.


Samurai não era só de elite
Apesar de pensar dos samurais como uma força de combate de elite, a maioria do exército de Japão eram soldados de infantaria chamados ashigaru. Esses indivíduos começavam de baixo, sendo arrancados do trabalho em campos de arroz, mas os senhores de terra (chamados daimyo) perceberam a capacidade deles, passaram a treiná-los para a luta. O Japão antigo tinha três tipos de guerreiros, os samurais, os ashigaru e os ji-samurai. Esses últimos eram samurais em tempo parcial, trabalhando como agricultores no resto do ano. Mas eles podiam “subir de cargo”. Dessa forma, quando os ji-samurai assumiam o posto de samurai em tempo integral, eles se juntavam aos ashigaru, mas não eram tão respeitados quanto os verdadeiros samurais. Em algumas áreas, as duas classes mal podiam ser diferenciadas entre elas. Mas, o serviço militar como um ashigaru era o único caminho para subir escada social feudal do Japão, culminando quando Toyotomi Hideyoshi, o filho de um ashigaru, passou a se tornar o governante preeminente do Japão. 


Samurais cristãos
 A chegada dos missionários jesuítas no sul do Japão levou alguns senhores da classe daimyo a se converter ao cristianismo. A conversão desses indivíduos, talvez, tenha sido mais prática do que propriamente religiosa, pois os laços com o cristianismo significava se beneficiar de tecnologia militar europeia. Tanto que o daimyo cristão Arima Harunobu utilizou canhões europeus contra seus inimigos na batalha de Okita-Nawate. Como Arima se converteu, um missionário jesuíta estava presente na batalha, ajoelhando e recitando orações antes de cada disparo de canhão. Ser um cristão também impediu o daimyo Dom Justo Takayama de atuar como qualquer outro guerreiro samurai durante o seu reinado. Quando o Japão expulsou os missionários e forçaram os cristãos japoneses a renunciar essa religião, Takayama preferiu fugir do Japão com 300 fiéis, em vez de renunciar à sua fé. Takayama está atualmente considerado para a santidade católica.


Exibição de cabeças cortadas
 Para um samurai, a cabeça de um inimigo era a prova de um dever cumprido. Depois de uma batalha, as cabeças de seus rivais mortos eram coletadas e apresentadas aos senhores daimyo, que desfrutavam de uma cerimônia muito relaxante de visualização de cabeças para celebrar suas vitórias. As cabeças eram ainda lavadas, tinham os cabelos penteados e dentes escurecidos, o que era um sinal de nobreza. Cada cabeça era então disposta em um pequeno suporte de madeira e etiquetada com os nomes da vítima e do assassino. Se não houvesse tempo, uma cerimônia apressada poderia ser organizada sobre folhas de certas plantas para absorver o sangue das vítimas. No entanto, certa vez, o feitiço virou contra o feiticeiro e um daimyo perdeu a sua própria cabeça em uma dessas cerimônias. Depois de tomar duas fortalezas de Oda Nobunaga, o daimyo Imagawa Yoshimoto interrompeu sua marcha para uma cerimônia de visualização de cabeças com direito a performance musical. Infelizmente, para Yoshimoto, outra parte restante do exército Nobunaga avançou para um ataque surpresa, quando as cabeças de seus colegas estavam sendo preparadas. Eles atacaram e conseguiram a cabeça Yoshimoto, que depois se tornou a peça central para a cerimônia que ele havia preparado para o seu próprio inimigo. Nessa de cortar a cabeça dos outros para exibição, existiam alguns samurais espertinhos que tentavam enganar seus senhores daimyo. Alguns diziam que a cabeça de um soldado comum de infantaria era a de um grande guerreiro e esperava que ninguém percebesse a diferença. E com uma cabeça caçada, muitos pegavam uma recompensa e abandonavam as batalhas. Isso então acabou se tornando um problema e alguns daimyos passaram a proibir a prática para seus homens se concentrarem apenas na vitória, em vez de serem pagos por cabeças.


Recuo em batalhas
 Muitos samurais eram ansiosos para lutar até a morte, em vez de enfrentar a desonra. Os daimyos, no entanto, sabiam que as boas táticas militares incluíam a retirada dos exércitos em algumas ocasiões. Recuos táticos eram tão comuns no Japão antigo como em qualquer outro lugar, especialmente quando o daimyo estava em perigo. Além de ser um dos primeiros clãs samurais a usar armas de fogo, o clã Shimazu do sul do Japão era famoso por seu uso de forças que faziam um tipo de emboscada usando como chamariz uma falsa retirada para atrair seus inimigos em uma posição vulnerável. Ao recuar, o samurai usava uma capa meio inflada chamada de horo, que desviava flechas enquanto ele fugia a cavalo. O horo inflado como um balão e seu isolamento de proteção protegia o cavalo também.


Exibiam suas “linhagens”
Nas primeiras épocas da era dos guerreiros japoneses, por volta do século 10, os samurais espalhavam discursos narrando genealogias dos combatentes em batalhas. Mais tarde, as invasões mongóis e incorporação das classes mais baixas na guerra fizeram com que a proclamação de linhagem de um samurai em combate fosse impraticável. Mas, ainda querendo manter a sua honra, alguns guerreiros começaram a usar bandeiras em suas costas que detalhavam o seu “pedigree”. No entanto, uma vez que os adversários provavelmente não estavam interessados na leitura de histórias de família, no calor da batalha, a prática nunca pegou. Durante o século 16, os guerreiros sashimono adotaram padronagens menores de bandeiras utilizadas ??nas costas para exibir sua identidade. Muitos foram mais longe e marcavam as suas identidades com capacetes elaborados com chifres de búfalo e penas de pavão para atrair um adversário digno, cuja derrota iria proporcionar-lhes honra e riqueza. 


Samurais piratas
Perto do início do século 13, uma invasão mongol puxou o exército coreano para longe de sua costa. Uma colheita ruim também havia deixado o Japão com pouca comida e com sua capital distante do leste, os ronin desempregados do oeste de repente se viram na necessidade de dinheiro e com pouca supervisão, abrindo espaço para a ilegalidade. Os ronin eram soldados que não seguiam um daimyo. Com as condições acima acontecendo, elas deram início a uma era de pirataria asiática cujos líderes eram samurais. Chamados de wokou, os piratas fizeram tantos estragos que eles foram responsáveis por muitas disputas internacionais entre China, Coréia e Japão. Embora tivessem incluído um número crescente de outras nacionalidades com o passar do tempo, os primeiros ataques foram realizados principalmente pelos japoneses. 


Ritual suicida era desencorajado pelos daimyo
O seppuku, o ritual suicida dos samurais, era a maneira que eles acreditavam preservar sua honra em face de uma derrota tida como certa. Quando cercado por inimigos querendo a sua cabeça, o samurai não tinha muito mais a perder a não ser derramar o seu próprio sangue de suas entranhas em um ato final de suicídio — geralmente feito enterrando um facão ou espada no abdômen. No entanto, os senhores daimyo estavam mais preocupados com a manutenção de seus exércitos. Os mais famosos exemplos históricos de suicídio em massa ofuscaram a simples verdade de que eles simplesmente não fizeram sentido desperdiçando bons talentos. 


Samurais tipo exportação
Enquanto um samurai empregado raramente saía do território de seu daimyo, exceto para invadir a terra de outros, muitos soldados ronin encontraram fortuna no exterior. Entre as primeiras nações estrangeiras a empregar samurais, estava a Espanha. Em um plano para conquistar a China para o cristianismo, líderes espanhóis nas Filipinas recrutaram milhares de samurais para uma força de invasão multinacional. A invasão nunca saiu do papel por falta de apoio da coroa espanhola, mas outros mercenários samurais foram empregados com frequência sob a bandeira espanhola. Samurais afortunados se destacaram especialmente na Tailândia antiga, onde um grupo japonês de cerca de 1,5 mil guerreiros ajudaram nas campanhas militares. A colônia consistia principalmente de ronin, que buscavam fortuna no exterior, e cristãos fugindo do xogunato. 


A decadência
Depois que o Japão foi unificado, samurais que foram ganhar a vida fora em intermináveis ??guerras civis encontraram-se sem nada para lutar em seu próprio país. Sem guerra significava sem cabeças. E nenhuma cabeça significava nenhum dinheiro, e os poucos afortunados entre milhares de samurais do Japão que mantiveram seus empregos estavam agora trabalhando para daimyos que estavam pagando-os com arroz. Por lei, os samurais foram proibidos de se sustentarem. O comércio e a agricultura foram considerados trabalho camponês, que geravam ao samurai apenas um salário fixo de arroz em uma economia em rápida monetização. Um punhado de arroz passou a ser negociado como moeda real para os samurais e muitos conseguiram tirar proveito disso tomando um posto de “agiota”. Dessa forma, durante o período Edo, muitos samurais caíram em um buraco negro de dívida com os credores. 


O fim da era da classe guerreira
Por aproximadamente os últimos 250 anos de sua existência, os samurais foram lentamente se transformando em poetas, acadêmicos e burocratas. O Hagakure, possivelmente o maior livro sobre como ser um samurai, trazia as histórias de um samurai que viveu e morreu sem participar de uma única guerra. Ainda assim, o samurai permaneceu como classe guerreira do Japão e, apesar da paz vigente, alguns dos melhores espadachins do Japão vieram do período Edo. Aqueles samurais que não caíram no esquecimento, negociando sua katana (espada) por uma caneta, treinaram diligentemente em esgrima, lutando em duelos para ganhar fama suficiente para abrir suas próprias escolas de luta. O livro mais famoso sobre a guerra japonesa, O Livro dos Cinco Anéis, veio a partir deste período. O autor, Miyamoto Musashi, foi considerado um dos maiores espadachins do Japão, participando de dois das poucas grandes batalhas da época, bem como inúmeros duelos. Enquanto isso, aqueles samurais que tinham entrado na arena política cresceram no poder. Eventualmente, esses cresceram forte o suficiente para desafiar o shogunato, conseguindo derrubá-lo e lutando em nome do imperador. Tendo derrubado o governo e instalado o imperador como uma representante, esses ex-samurais tinham efetivamente assumido o controle do Japão. O movimento, junto com inúmeros outros fatores, levou ao início da modernização do Japão. Infelizmente para os samurais restantes, a modernização incluiu um exército de recrutas de estilo ocidental que enfraqueceu drasticamente a classe guerreira. Em 1868, a Restauração Meiji assinalou o começo do fim para o samurai. O sistema Meiji de monarquia constitucional incluiu tais reformas democráticas como os limites de mandato para cargos públicos e votação popular. Com o apoio do público, o Imperador Meiji acabou com o samurai, reduziu o poder do daimyo e mudou o nome da capital de Edo para Tóquio. As crescentes frustrações dos samurais finalmente culminaram na Rebelião de Satsuma, muito vagamente descrita em O Último Samurai. Embora a real rebelião tenha parecido muito diferente de como foi retratada por Hollywood, pode-se argumentar que samurai, fiel ao seu espírito guerreiro, saiu de cena em um momento de glória.

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